Virei a
página. E não vou mentir… Claro que custava, claro que ainda doía, ainda
magoava, mas graças a Deus estava a conseguir dar a volta por cima dos
destroços e a oferecer um novo rumo à minha vida, sem mais desilusões nem
enganos que a abalassem.
Ficar em casa
dos meus avós mais dois dias do que planeara primeiramente, ajudou-me a
recompor um bocadinho, retirar os alinhavos que selavam os tecidos rasgados da
minha alma e erguer de novo a cabeça, que se abaixara depois da partida
definitiva do ainda dono do meu coração.
- Pronto,
aqui está tudo… Tudo arrumadinho! – proferi, depois de fazer correr o fecho da
última mala… finalmente com as bagagens prontas e aviadas para me mudar para a
minha “nova” casa
- Tens a
certeza de que é isto que queres fazer? – a minha avó, que permanecia junto à
porta do meu quarto, expressou uma vez mais naquela manhã, o seu querer e
vontade indubitáveis em eu continuar a viver debaixo da sua alçada
- Oh avó… -
num suspiro deambulado, a minha cabeça inclinou-se delicadamente para o lado
quando os meus olhos a procuraram num acto de profundo carinho e compaixão, e
os meus pés não hesitaram em traçar caminho ao encontro dela – Já falámos sobre
isto. Eu vou ficar bem, sei cuidar de mim, já não sou uma menininha…
- Para mim
serás sempre uma menininha, a minha netinha… - desabafou enquanto me abraçava,
num aperto caloroso e extremamente aconchegante – Já estava tão habituada a
ter-te aqui comigo…
- Eu sei,
avó, mas também eu não vou mudar de cidade nem de país… Vou só mudar de casa, e
ela não fica tão longe daqui quanto isso!
- Então não
te esqueças de nos vires visitar, está bem?
- Claro que
não me esqueço, avó! Sempre que puder venho cá vê-la a si, ao avô, ao Leonardo,
à Rosa… Sim? – cuidadosamente e num gesto delicado, os meus dedos trinaram os
cabelos curtos e pintados dela, que lhe emolduravam perfeitamente o rosto de
uma senhora de sessenta e cinco anos de vida
- Vamos
então… Eu vou contigo até ao carro. – ladeadas uma pela outra, e também por
Leonardo que prestou o seu auxilio ao ajudar-me com as malas, descemos até ao
largo da entrada onde tinha o meu carro estacionado – Toma as tuas chaves… E
liga quando te instalares!
- Obrigada,
avó! – fechei a bagageira onde tinha arrumado as malas, e na minha mão recebi
as chaves da minha casa, que nos últimos anos haviam ficado na posse dos meus
avós – E pode ficar descansada que assim que tiver tudo arrumadinho, tudo no
sítio e bem instalada, eu ligo-lhe!
- Conduz com
cuidado, meu amor! – aconselhou, deixando o seu instinto protector falar, numa
preocupação acrescida e jamais ultrapassada que tinha em minha guarda e a qual
eu lhe agradecia, pois o facto que nos pode reconfortar mais é o de termos a
certeza eminente de que há sempre alguém que se preocupa e que vai estar lá
para cuidar de nós
- Adeus,
avozinha! – dei-lhe um beijinho carinhoso na sua face de pele macia e um
abraço, que apesar de curto foi apertadinho o suficiente para extravasar o sentimento
fraternal de que partilhávamos – Adeus, meu querido Leonardo! – como não podia
deixar de ser, e como ele fazia praticamente parte da família, despedi-me
também com um beijinho do meu querido mordomo
Sorri aos
dois numa gratidão irretorquível e tomei passos livres até à porta do meu jeep
e entrei, pronta para iniciar então mais uma, e desta vez nova, jornada.
A viagem
durou cerca de uma meia hora e verdade seja dita que eu vinha tão embrenhada
aos meus pensamentos tanto quanto ia concentrada na estrada e em todos os
movimentos que nela circulavam, que nem dei pelo tempo passar, e somente dei
conta de onde estava no último cruzamento antes da rotunda, e tudo à minha
volta, tudo o que me rodeava, tornou-se demasiado familiar para mim.
Aproximei-me dos muros que cercavam os jardins da imponente vivenda e com um
simples e rápido toque no pequeno mecanismo preso às chaves, activei o portão
de sensores que abriu automaticamente ao meu sinal, continuei com as mãos no
volante guiando até aos interiores e deixei o carro estacionado fora da
garagem, pois iria voltar a sair dentro de um par de horas.
Alberguei uma
mala em cada mão e passo ante passo fui ao encontro da entrada que fazia
ligação com o interno da casa. O simples facto de fazer rodar a chave entre a
minha mão provocou em mim uma sensação de Dejá
Vu, como há muito eu já não sentia. O som típico da chave a rodar na
fechadura indicou o destranque e com um empurrão ligeiro na porta pesada,
permiti a sua abertura total para uma maior e mais precisa contemplação à
primeira vista.
- Lar doce
lar… - demandei, num desabafo provavelmente intencionado pelo karma, que ao fim
de três anos me mostrava ali o ponto do meu recomeço
Dei os
primeiros passos no hall, deixando as malas junto da porta, não me contive em
curiosidade em redescobrir todos os recantos e pormenores adormecidos na minha
memória, mas ao percorrer as primeiras divisões apercebi-me que tudo como fora
deixado assim permanecia… Tudo continuada igual, tal qual a minha memória
preservada, continuava tudo nos mesmos sítios, as mobílias, as fotografias
emolduradas, os quadros das paredes, até o cheiro a jasmim e hortelã pairava no
ar, fazendo-me levar a recordar a doce frescura dos meus tempos intocáveis de
infância, e que indiscutivelmente tinham sido dos mais felizes.
Como uma
imagem dissipada diante dos meus olhos, revi-me naquela casa, em tempos,
aquando ainda era criança e onde a meninice ainda me retinha nas malhas da
inocência… descia as escadas de um modo comicamente trapalhão, correndo para os
braços do meu pai que me esperava junto ao sopé, pronto a receber e mimar a
menina dos seus olhos. Mas agora tudo me parecia distante, triste demais para
recordar.
Abri a porta
do meu antigo quarto e entrei, sorrateiramente, como se de alguma maneira estivesse
a invadir o quarto de outra pessoa, a vida passada de outra pessoa. Olhei, vi,
e enxerguei cada objecto em meu redor, e nada do que eu pudesse sentir
ultrapassaria a sensação de estar em casa.
Aproximei-me
de uma das mesinhas de cabeceira e um objecto em particular chamou pela minha
atenção, e sem mesmo dar conta, um filamento de lágrimas formou-se à tona dos
meus olhos… Uma fotografia, uma fotografia que eu deixara para trás aquando a
minha partida, perdurava ali, preservando um momento de felicidade numa imagem,
como se o tempo tivesse sido parado e não passasse… Naquela fotografia padecia
eu ainda no corpo e sorriso de uma garotinha, os meus pais e o meu irmão, ainda
no seu primeiro ano de vida, sorriamos de tão felizes que estávamos, só não
poderíamos adivinhar os maus tempos que estariam para vir e com eles levarem
toda aquela nossa felicidade, que num sorriso de trágico engano, chegáramos a
julgar ser eterna.
- Que
saudade… – ditei num murmúrio avassalado de sonhos que chegaram ao fim, retendo
a fotografia na minhas mãos e passando com a falange dos dedos sobre o vidro da
sua moldura, na esperança de conseguir tocar-lhes
Daquela
maneira restava-me agarrar as recordações esquivas e preservar a sensação de
calor que elas me proporcionavam.
Trouxe as
malas para o quarto mas pouco lhes mexi, apenas para retirar uma muda de roupa
que iria vestir para sair, tinha marcada uma entrevista para uma revista
feminina para logo depois de almoço e por isso teria de deixar as arrumações
para quando voltasse.
Troquei as
jeans por uma saia longa e fresquinha e os ténis por umas sandálias leves que
me iriam permitir andar confortável durante toda a tarde. Deixei o meu cabelo
modelarmente liso e solto, e reforcei a longevidade das minhas pestanas com
duas leves passagens de rímel.
Quando
alcancei o meu pulso para colocar o relógio, deparei-me com mais uma lembrança,
mas desta fez era uma daquelas lembranças para a qual eu não queria voltar a
olhar: a pulseira que Ruben me oferecera quando completáramos um ano de namoro
e a qual gravava o sentimento, que ingenuamente, juráramos ser sempre.
Retirei-a sem pensar mais no assunto e foi numa caixinha de madeira sustida em
cima da cómoda, onde na qual eu costumava guardar todas as minhas bijutarias,
que a coloquei bem fechada, prometendo-me não ter mais a vontade de voltar a
pegar nela.
- Capítulo
encerrado! – pressagiei a mim mesma, tentando convencer-me com o duelo das
minhas próprias palavras
Seria um
capítulo encerrado, seguramente, se eu já não o amasse tanto, se já não
desejasse correr-lhe para os braços ou se já não sonhasse com o momento em que
ele viesse procurar-me, pedir-me desculpa e implorar-me que voltasse para ele.
Mas claro que nada disso iria acontecer… Ele agora ia casar, tinha planos para
o futuro que não se cruzavam com os meus e estava feliz ao lado de outra
mulher.
Agitei a
cabeça aleatoriamente de modo a afastar esses pensamentos que poderiam
desarmar-me num choro intempestivo que eu prometera naquela noite não voltar a
ceder por ele.
Voltei a
descer e foi na cozinha que eu fiz a paragem seguinte, como sabia que a Maria
tinha ido às compras lá para casa a mando da minha avó, deveria ter lá qualquer
coisa para preparar o almoço, mas a vontade de cozinhar sumiu-se mal a senti
chegar… Preferi antes optar por uma coisa mais rápida de fazer, simples e leve,
e por isso fiquei-me apenas por um iogurte de pedaços e uma peça de fruta que
retirei directamente da fruteira.
“- Isso é lá
almoço de gente!” – se a minha
avó ali estivesse, era o que de certeza ela me iria dizer, e com base nisso,
não pude deixar de me rir com aquele meu devaneio
Levei a maçã
comigo e fui comê-la para a sala, despojando-me no sofá onde já há tanto tempo
eu não tomava lugar. Alcancei o comando e liguei a televisão, não na finalidade
em prestar-lhe alguma intenção, porque àquela hora deveriam de estar a passar
na maior parte dos canais, aqueles programas entediantes que ninguém
suficientemente capacitado deveria ver, mas liguei-a sim por sentir a falta de
vozes naquela casa, a agitação e rumor que era frequente e que agora tinham
sido substituídos por um silêncio albergado e aterrador ao qual não gostava de
me sentir envolta.
Como ainda me
restava um tempinho para sair, coloquei o meu portátil em cima dos joelhos e
acedi à caixa de correio electrónico, que eu não abria há semanas, na esperança
de encontrar algo para ler.
- Que
estranho, não tenho este… - indaguei numa sonância de estranheza, quando ao
deslizar o cursor sobre o ecrã, me detive ao deparar-me com uma mensagem de um
endereço que não constava na minha lista de contactos, e por isso foi a
primeira que abri
Na minha
frente descodificou-se uma mensagem breve a qual eu já não esperava, mas
discerni rapidamente de quem era, e ao traçar uma leitura integral traduzi
mentalmente e sem dificuldades o seu conteúdo.
“Querida
Joana,
Sei que já
passaram algumas semanas, mas desde o nascimento da minha filha que a minha
vida tem andado meio desordenada, uma verdadeira agitação, e o pouco tempo
livre que vou tendo é inteiramente dedicado à minha bebé.
Como não tive
tempo de te agradecer devidamente naquele dia a enorme ajuda e apoio que me
prestaste, agradeço-te agora e através deste e-mail, na incerteza de nos
voltarmos a ver. Não há palavras que possam descrever a minha gratidão nem
gestos que possam retribuir o que fizeste por mim no momento em que mais
precisava de alguém do meu lado, e de repente apareceste tu, uma total estranha
que me deu a mão e me prestou o maior e mais ansiado auxílio num momento em que
as emoções estavam à flor da pele, e só te posso agradecer do fundo do coração
por isso.
Já agora, e
pensei que gostasses de saber, como ainda não tínhamos decidido um nome para
dar à bebé, eu e o meu marido decidimos de forma unânime, chamá-la de Joanne,
em atributo a ti, visto que estiveste presente no momento em que ela nasceu e
foste a primeira a recebê-la nos braços.
Ela é uma
bebé linda e saudável que cresce dia após dia, e eu não poderia estar mais
feliz e radiante com esta bênção de Deus, e posso dizer que estou a viver a
fase mais bonita da minha vida.
Contigo
espero que esteja tudo bem, tal como espero receber notícias tuas assim que
leres este e-mail.
Beijinhos,
Olívia
P.S.: Em
anexo deixei-te algumas fotografias da minha princesinha :)”
Ficar
emocionada foi algo que eu não tive como evitar, porque o facto era que aquela
mensagem tinha-me aquecido o coração e revitalizado a alma, ou o que ainda
restava dela. Cheguei inclusive a sentir as lágrimas de novo subirem à linha
dos meus olhos e correrem depois pelas faces em dois fios muito fininhos,
estarrecendo a alegria súbita que me invadiu quando olhei carinhosamente as
fotografias da bebé, e também um sorriso meu surgiu no meio de tudo aquilo.
Escrevi-lhe
de volta, respondendo em breves mas precisas linhas, o meu agradecimento e a
mais profunda gratidão pelo lisonjeamento por se terem inspirado no meu nome
para colocaram um à menina, disse-lhe também que me encontrava bem –
literalmente – e despedi-me desejando-lhe as maiores felicidades a ela e à
família, que agora era preenchida com um novo membro que veio certamente dar
mais luz e sentido à vidas dos recém-papás.
Fechei o
tampo do computador e olhei à minha volta num suspiro que se dissipou pelas
quatro paredes… Como o tempo podia alterar a vidas das pessoas e como as pessoas
mudavam com ele.
- Bolas,
tenho que me ir embora! – olhando o relógio de pulso num relance despreocupado,
facultei o pouco tempo que me restava para chegar ao meu compromisso daquele
dia, e por isso mesmo coloquei o computador sob a mesinha de apoio da sala,
desliguei a televisão e saí de casa, alcançando antes a minha mala que não
poderia esquecer
***
- Joana? – de
olhar meio perdido pelo jardim em busca de alguém que me orientasse, ouvi e
seguidamente vi uma voz acompanhada pelo caminhar moroso de uma rapariga que
dera por mim e que se apressou a vir ao meu encontro – Joana, ainda bem
chegaste… Olá!
- Oh, olá…
Boa tarde! – cumprimentou-me com um aperto de mão repuxado a dois beijinhos, a
rapariga sorridente que eu supus ser colaboradora da Lux, a revista para a qual
aceitei dar uma pequena entrevista – Peço desculpa por chegar agora… Venho
muito em cima da hora?
- Não, não…
Ainda temos tempo! Eu sou a Catarina, fui eu que marquei contigo a entrevista…
- de sorriso e simpatia permanente em seu rosto jovial, começámos a caminhar
pelo jardim de uma casa privada, que eu sabia ter sido reservado para aquela
sessão, onde vi ainda estarem a fazer a montagem e preparação do cenário para
as fotografias – Foi difícil dares com o sítio?
- Ah… Não, nem
por isso! As tuas indicações ao telefone também foram preciosas! – referi
calmamente, desviando uma tira de franja dos meus olhos, e num instante breve
soltámos breves gargalhadas
- Óptimo,
ainda bem que pude ajudar! Então vamos fazer o seguinte… Se já estiveres pronta
para começar, iniciamos com a sessão, vais mudar de roupa lá dentro, a
maquilhagem, e concluímos então com as perguntinhas… Parece-te bem?
- Sim, sim…
Parece-me óptimo! – acordei num movimento singular da cabeça, pronta para pôr
mãos ao trabalho
Comecei por
trocar de roupa que a produção havia leccionado e trazido propositadamente, fiz
a maquilhagem e na hora seguinte predispus-me inteiramente ao trabalho
fotográfico.
- Joana,
eleva um pouquinho mais o queixo… Isso, continua a não olhar para a câmara,
fixa-te noutro ponto! – recomendou o fotografo, que ia sempre dando dicas à
minha postura antes de mais um flash – Preciso aqui de uma ventoinha, por
favor!
O tempo
correu num pestanejar sucinto de olhos, que não esteve ao meu alcance prescindir,
pois nos últimos dias o tempo tinha sido tudo menos favorável para mim,
fazendo-me querer perpetuar àquela dor que ainda habitava o meu coração, e
quando dei por isso, estava já sentada à mesa do jardim juntamente com
Catarina, albergadas por um enorme guarda-sol que nos protegia na hora de mais
calor.
- Então,
Joana, vamos falar um bocadinho, descontraidamente, eu vou fazendo-te umas
perguntas e quero que estejas à vontade para responder, vê isto como uma
conversa… E como tal a conversa vai ficar registada aqui no gravador para
depois podermos seleccionar e editar as perguntas porque provavelmente não
sairão todas.
- Ok, vamos a
isso! – disponibilizei-me inteiramente, mas sabendo em primeira mão que aquela
conversa não se arrastaria para certos assuntos da minha vida íntima e
privada que eu iria continuar a manter reservados, e os quais me poderiam
suscitar vários níveis de desconforto, como seria o caso dos meus
relacionamentos
- Joana, há
pouco alguém ali da produção perguntou-te se querias ir ver as fotografias e tu
disseste que não… Porquê? Não costumas ver as fotografias enquanto ainda estás
em sessão?
- Geralmente
não o faço e evito fazê-lo, não gosto de me ver enquanto ainda estou a
trabalhar… Gosto apenas de ver o resultado final, porque senão vou
concentrar-me muito nos pormenores… A cabeça que deveria ter ficado mais
inclinada, o olho que deveria ter ficado mais aberto, essas coisas… E acho que
ia acabar por ser tornar em algo mais robótico do que propriamente natural.
- Eu estava a
ver e tu tens ali umas posses… Numas estás com ar de sedução, depois fazes ar
de menina, no que é que pensas quando estás a ser fotografada?
- Muito
sinceramente eu não costumo pensar em nada em particular, concentro-me apenas
no que o fotografo me está a pedir e tento fazer o meu melhor.
- E quanto
aos teus admiradores, às pessoas que seguem o teu trabalho… És muito assediada
na rua?
- Se sou
muito assediada na rua? Não, não de todo… É uma coisa muito moderada, acho que
consigo passar bem despercebida! – depreciei, deixando-nos às duas rir
levemente – Também não sou nenhuma cantora nem actriz, acho que o trabalho de
manequim é uma coisa mais discreta! – completei logo depois, verbalizando o
facto de não me ver como uma celebridade nem tampouco como uma estrela nacional
- E o que é
que te tira do sério? O que te faz perder a paciência…
- Eu não
costumo perder a paciência com muita facilidade, mas quando isso acontece
provavelmente a mentira está envolvida… Eu não tolero muito bem a mentira, não
tolero que me mintam.
- Então és
pró-verdade, achas que a verdade devesse-se ser sempre dita…
- Eu quando
falo numa mentira, refiro-me a uma mentira pesada e não àquelas mentirinhas
inofensivas do dia-a-dia… Mas sim, em regra geral sou a favor da verdade. A
menos que… E eu acho que a mentira só deve entrar quando é para esconder uma
coisa que vai causar uma dor maior com a verdade. Mas sem dúvida que a mentira
é geralmente uma coisa que me tira do sério.
- Lembraste
de alguma vez te teres visto numa revista que viesse a dizer alguma coisa sobre
ti que achasses mais engraçada?
- Hum, eu
acho que sim, deixa-me pensar… Ah! Vi uma revista já há algum tempo, e não me
lembro em qual foi, provavelmente foi numa daquelas que adora fazer uma
tempestade num copo de água, onde me apanharam sozinha no centro comercial, e
especialmente naquela momento eu estava mais cabisbaixa, é natural que não
tenha que andar pelos corredores do shopping histericamente feliz… Pronto e
então puseram como título “Joana sofre por amor” ou “Joana abalada por amor”,
era qualquer coisa do género, e diziam que eu supostamente tinham acabado o meu
relacionamento com o Pedro Morgado, que por acaso é o meu melhor amigo e também
o meu agente… Enfim, fizeram uma novela em volta do assunto por já termos sido vistos
imensas vezes juntos e cheguei a comentar isto com ele e rimo-nos imenso à
custa do assunto! – voltei a rir-me recordando aquele episódio, e Catarina
voltou a acompanhar-me na chacota
- Sabemos que
ainda estás a estudar… Tens outros sonhos para além desta carreira? Foi sempre
isto que quiseste ou tinhas outros sonhos em criança?
- O que eu
queria ser em menina era bailarina, e foi o meu avô que me abriu caminho para
esse sonho… Inscreveu-me no ballet clássico e andei lá cerca de sete anos, mas
acabei por não seguir por esse caminho, primeiro porque não suporto muito bem a
dor e então no ballet é muito rigoroso, há muita disciplina e como eu sempre
tive os pés assentes na terra, resolvi seguir os passos da minha mãe e cursar
Direito, algo que sempre me fascinou e seguir também no caminho da moda surgiu
ali no meio, era uma coisa que eu queria muito e adoro fazer.
- E como está
a ser o teu dia-a-dia?
- A azáfama
de sempre… Estive duas semanas fora em Madrid e Londres, em trabalho, e há
coisa de um mês estive em Punta Cana a gravar um anúncio… E ando assim, a
aproveitar o máximo dia de férias que vou tendo antes que chegue mais um ano de
faculdade.
- Ainda bem
que te referiste a Punta Cana porque era o que eu ia mencionar a seguir…
Fala-nos um pouco desse trabalho que fizeste lá, como foi a experiência?
- Foi uma
óptima experiência, talvez das melhores que já tive… Ter sido escolhida para
representar uma marca mundial e trabalhar com uma equipa fantástica, ainda para
mais naquele paraíso que são as Caraíbas, foi um grande privilégio. – a simples
tendência de tocar naquele assunto referindo apenas o melhor dele, fez-me
recordar os dissabores que este também me trouxera
- E tens
ideia de quando é que esse anúncio sai cá em Portugal?
- Vai
depender de quando sair também o produto, como é óbvio, mas tenho ideia que
eles me disseram que talvez para o final do ano já esteja disponível cá e com
isso o anúncio também vai estrear…
- E que
conselhos darias a quem quer começar uma carreira de manequim?
- Conselhos?
Acho que ainda não me sinto com capacidade de dar muitos conselhos, falo pela
minha experiência. Sobretudo porque hoje em dia vulgariza-se muito o ser
manequim, o ser modelo, porque parece ser mais fácil de acessar do que
realmente o é. Acho que as pessoas sem dúvida alguma devem ter paixão, e quando
se tem paixão por algo devesse lutar por isso, conseguir a formação que tiver
ao alcance e tentar entrar no mercado de trabalho, sem desistir, com humildade
sempre, com garra, vontade de vingar e sonhem… com os pés assentes mas sonhem.
- Desejos que
tens para o futuro?
- Desejos
para o futuro… Os meus desejos passam por em primeiro lugar ser feliz, ser
feliz é o objectivo principal, a minha família, amigos e todas as outras
pessoas, a felicidade e tudo o que lhe seja inerente, é o principal. – desejei,
mesmo sabendo que o meu poço de felicidade não estava mais comigo, não me fazia
mais feliz
***
- Joana,
muito obrigada pela tua disponibilidade e colaboração, foi um prazer trabalhar
contigo! – depois da conclusão do trabalho, faltou rematar com os acertos de
uma despedida breve com a simpática Catarina
- O prazer
foi meu! – voltámos a trocar dois beijinhos logo depois de ela me acompanhar
até à saída
- Quando
tivermos as fotografias prontas, eu entro em contacto contigo para que as
possas ver antes da publicação!
- Ok, muito
obrigada! – agradeci uma vez mais, na demanda de regressar à simplicidade do
meu dia-a-dia
Saí pelos
mesmo portões por onde entrei, de acesso directo ao jardim, e em passadas
serenas que não se apressavam em correr para lado nenhum – porque já não tinha
efectivamente para onde correr –, as minhas sandálias soquearam o asfalto do
passeio que engendrava o caminho de volta ao meu carro.
Fizesse o que
fizesse, percorresse os caminhos que percorresse, o meu dia acabaria sempre da
mesma maneira… Sozinha de regresso a casa. Era assim a rotina da minha vida e
não havia muito do que eu pudesse ainda fazer para alterar o seu ciclo.
Num suspiro
de intransigente fastio, rodei a chave na ignição e esperei que o meu veículo
me levasse por trilhos menos morosos dos que eu já havia percorrido.
Aquela era a
hora de ponta e o trânsito da enorme Lisboa encontrava-se descomunal,
travando-me consigo nos acessos por largos e acentuados minutos, que se não
fosse a música de rádio que passava no carro, a irromper pelo marasmo da
espera, eu iria facilmente entrar numa onda de desespero.
-
“Some people want it all, but I don't want nothing at all/ If it ain't you
baby, If I ain't got you baby/ Some people want diamond rings, some just want
everything/ But everything means nothing If I ain't got you…” – o meu telemóvel tocou
inesperadamente no suporte junto do tablier, permitindo-me por esse motivo
atender a chamada em altifalante
-
Estou sim? Pedro? – inquiri na incerteza eminente de estar a falar com o meu
melhor amigo, pois os meus olhos fugiram instantaneamente do ecrã do meu
telemóvel para pousarem na auto-estrada que retomara o seu movimento, não me
permitindo ver com clareza o nome que surgira no visor
-
Olá minha jóia! – o seu tom bem-aventurado de uma disposição levitada,
forçou-me a um sorriso que sobressaiu em meus lábios entre a máxima
naturalidade
-
Hum… Estamos tão bem dispostos hoje…
-
Se fosse só hoje… Quando é que me viste mal disposto, diz lá? Nunca, nunquinha!
Eu estou sempre de bom humor!
-
Vi-te mal disposto quando perdemos o campeonato…
-
Oh, tá bem… Mas isso não conta, tinha motivos suficientes! – desta feita foi um
tom de voz mais rezingão que se apoderou do seu palavreado, e isso ressentiu-se
em duas breves e distintas gargalhadas que soltei
-
Hum… Mas então, estás bem?
-
Estou… Cheguei agora da praia com a Ana, estava a precisar de dar um mergulho e
apanhar sol…
-
Pois, boa vidinha, é o que é! – espicacei num timbre aveludado, que assegurava
tratar-se apenas de uma pequena picardia que entre nós era bastante frequente
-
Também mereço, então! Pensa que é só a menina que tem direito a férias e a
descanso? Essa é boa!
-
Férias e descanso ponto e vírgula, que aqui a menina hoje teve que…
-
Ah, é verdade! Como é que correu lá aquilo da revista? Sempre foi esta tarde,
não foi? – atropelando-me nas palavras, Pedro não conseguiu esperar que eu
acabasse de falar para reclamar pela sua vez, que chegou mais cedo do que o esperado
-
Sim… Correu tudo bem, eles foram super simpáticos comigo! – afirmei,
relembrando sucintamente o trabalho que se prolongou durante toda a tarde, mas
que marcara um resultado positivo e satisfatório a todos
-
Ainda bem… E tu, pequenina, como é que estás?
-
Bem… acho. – respondi movida pela indeterminação em que o meu coração se
encontrava a todos os minutos, aprendendo a viver com as saudades que jamais
poderiam voltar a ser extintas pela pessoa que ainda o guardava junto do seu…
ou assim eu pensava – E… Já soubeste das novidades?
-
Das novidades? Quais? – ele sabia, não sei explicar como mas simplesmente eu
sentia que ele sabia do que eu falava, e então um silêncio apaziguador
refastelou-se entre a nossa conversa
-
Por favor, Pedro… De certeza que já sabes! O casamento do Ruben… - só eu sei o
quanto me custou conjugar aquelas palavras na mesma frase, especialmente quando
esse frase não me incluía a mim
-
Ah! O casamento do Ruben… - notei que ele não queria falar sobre o assunto,
talvez para evitar que eu saísse magoada, e por isso não o forçou, mas mais
magoada do que eu já estava… era um pouco impossível – Ah… Sim, já sei! Aliás,
estive com ele na praia, encontrei-o com a Inês e fizeram-nos logo o convite!
-
Vais? – foi unicamente a pergunta que procurei nele ser esclarecida
-
Vou. Sou amigo dele, conhecemo-nos há anos e a Ana conhece bem a Inês… Não
havia razões nem motivos para não aceitarmos ir.
-
Estou a ver… - acordei, e agradeci mentalmente a Deus por ele não me poder ver,
porque a pouco e pouco as lágrimas já começavam a formar-se nos meus olhos…
cansados de carregar tamanha dor
-
Também soube que aceitaste ser a madrinha dele…
-
Sim, aceitei. – disse somente, mas receando ouvir uma advertência da parte
dele, que afinal, acabou por se confirmar às minhas expectativas
-
Porquê, Joana? – era aquela a pergunta mais óbvia e para a qual eu tinha mais
dificuldades em responder, preferia guardar as justificações só para mim,
justificações que ninguém entenderia e dificilmente seriam aceites, mesmo por
Pedro – Não vês que só vai servir para sofreres ainda mais? Porque é que
fizeste isso?!
-
Porquê não fazê-lo? Afinal já não somos nada um ao outro… Eu tenho que
enfrentar isto, tenho que conseguir ultrapassar, e curar, virar as costas não
vai resolver nada…
-
Curar? Oh Joana, falas do amor como se fosse uma doença!
-
Eu sei que não é, mas magoa, dói e faz-me sofrer como se fosse!
-
E tu só estás a contribuir para isso indo a esse casamento, não percebes? – ele
só queria o meu melhor, não podia censurá-lo, mas o melhor para mim naquela
situação era esquecer o Ruben e provar isso quando o visse no altar ao lado de
outra mulher, a trocar alianças e proferir um compromisso eternizado por um
“sim, aceito”… e não sentir mais aquela vontade de chorar por tê-lo perdido
-
Não vou pedir que me entendas, Pedro, mas gostava que aceitasses a minha
decisão, tal como eu a aceitei ao tomá-la! – pedi-lhe, tentando reunir para a
mim toda a calma e força do mundo, que precisava para seguir com a minha vida
em diante, momento após momento
-
Desculpa, mas eu não consigo… É demais para mim ver-te nesse estado, de rastos…
Tu não mereces estar a passar por nada disto, muito menos sozinha.
-
Vai passar, Pedro… Eu vai passar, mais tarde ou mais cedo… - não poderia haver
melhor remédio que o tempo, só ele me ajudaria a sarar as feridas do coração,
as que não custava quase nada fazer mas que tardavam tanto a remediar
***
Cheguei
a casa ao final da tarde, já o sol se punha no horizonte e as horas
convalesciam para a noite morosa, que já não tardava em cair.
A
primeira coisa que fiz foi mudar de roupa e colocar-me à vontade para andar
pela casa, visto que já não iria sair mais naquele dia, e o cansaço permanente
e a pouca vontade de voltar a ver pessoas, contribuir em muito para passar o
meu serão sozinha… Provavelmente só na companhia da televisão que veria até
adormecer e nada mais.
Fui
ao meu quarto e na permuta da indumentária que trazia, viste uns boxers largos
na perna e uma camisola de alças, os pés optei por deixá-los despidos – sempre
tivera o hábito de andar descalça pela casa – e atei o cabelo num coque bem
preso ao cocuruto da cabeça. Resolvi ir à cozinha adoçar a boca com um suminho
de laranja, retirei um copo do armário e antes de abrir o frigorífico para
retirar a jarra, deparei-me com um bilhete fixado a íman na porta.
“Menina Joana,
não resisti em passar por cá para lhe trazer um empadão de carne
como eu sei que a menina gosta, deixei no forno é só aquecer. Trouxe-lhe também
umas pecinhas de roupa que se deve ter esquecido, umas revistas e o jornal do
dia, caso não tenha comprado.
Coma tudo, não quero que agora longe da minha cozinha se desleixe
na sua alimentação, e não se esqueça de ir a casa dos seus avós fazer-nos uma visitinha.
Um beijinho, Rosa”
Senti-me
mimada e acarinhada por todos aqueles que gostavam de mim e faziam os possíveis
para que eu me sentisse bem, e era esse apoio que ainda me permitia rasgar os
lábios e sorrir, mesmo quando a vontade não era muita.
Como
a fome ainda não me tinha ressaltado o estômago, fiquei-me somente pelo sumo
que levei comigo para beber lá fora, no jardim das traseiras. Quando passei
pela sala para alcançar o exterior pelas portas corridas de vidraça, reparei no
pequeno molho de três ou quatro revistas trazidas
pela querida Rosa e deixadas na mesinha de apoio ao lado do portátil. Peguei
nelas e levei-as para o alpendre, onde me sentei à mesa redonda em ferro,
apanhando a brisa fresca de Verão nas faces e predisposta a começar a minha
noite com a leitura trivial e desconstraída da marketing português, esperando
encontrar entretenimento que me ajudasse a passar o tempo.
-
Ora vamos lá ver o que há aqui… - debitei brandamente para o ar, dando o
primeiro gole no meu sumo para me agarrar depois à revista que surgia no topo
de todas, e fiz dela a primeira a enxergar
As
primeiras duas revistas que comecei por folhear falavam primordialmente sobre
moda e saúde, mas foi ao dar uma passagem de olhos pela terceira que se fazia
corresponder à imprensa cor-de-rosa, que fui quase que obrigada a reter toda a
minha atenção ali, recordando o meu ponto de quebra pela notícia que o meu
coração me guiou a ler.
“Ruben Amorim volta a realizar sonhos” – li em letras maiúsculas o
fulcral do artigo, seguido de uma citação que veio dar nome ao subtítulo – “É uma alegria enorme saber que os
consegui fazer felizes…”
“Cumprindo
a missão de realizar sonhos, Ruben Amorim, que deu nome e vida ao projecto
‘Sorrisos Perfeitos’ (em parceria com a Nova Gente), voltou a fazer sorrir os
mais novos num passeio a cavalo muito especial.
Três
crianças do Centro de Acolhimento ‘Casa das Cores’, uma instituição que alberga
crianças vítimas de negligência e maus-tratos, tiveram o melhor presente que
poderiam receber quando souberam que iriam ver o seu sonho concretizado através
da ajuda e apoio do jogador do Benfica.
A
pequena Mafalda de 5 anos, juntamente com Henrique e Tomás de 7, foram com o
futebolista conhecer o Centro Hípico da Quinta da Marinha, em Sintra, onde no
picadeiro puderam dar os seus primeiros trotes e galopes a cavalo.
“Nós gostamos muito do Ruben, ele fez acontecer uma coisa que
queríamos muito e ficámos logo amigos!” – garantiu
Mafalda, que não largou o colo do jogador durante a maior parte do passeio.
Fora das quatro linhas o médio continua a surpreender em missões de
solidariedade, e a Nova Gente que os acompanhou neste dia, garante que foi uma
experiência enriquecedora e certamente inesquecível tanto para os pequenos como
para Ruben Amorim, que partilhou connosco a felicidade que o preencheu: “É incrível como estamos sempre
a aprender com as crianças, e eu hoje aprendi muito com eles… É evidente o
carinho e amor de que carecem e foi uma satisfação e privilégio muito grande
para mim, poder dar mais cor à vida deles. São uns miúdos adoráveis e merecem
tudo de bom.” O final da
tarde completou-se com uma ida aos gelados que encheu a barriga e satisfez os
prazeres do coração de todos, levando o jogador a acrescentar: “É uma alegria enorme saber que
os consegui fazer felizes… Ver
o sorriso deles fez o meu dia valer a pena.”
Mesmo
que não pudesse demonstrá-lo, não pude deixar de sentir um enorme orgulho por
ele, por continuar a ser um exemplo que muitos deveriam seguir, a brindar com
simplicidade os desejos dos meninos que não têm possibilidades de ver os seus
sonhos prescritos na realidade, por infelicidades da vida.
Sabia
que aquele era o Ruben, o meu Ruben, genuíno, tal como também
sabia que a partir dali, seria apenas através daquelas circunstâncias e à distância
de revistas e jornais, que iria continuar a manter contacto com ele… o contacto
mais impessoal de todos.
Olá, queridas leitoras! :)
Venho trazer-vos um novo capítulo da história, espero que gostem
e deixem
os vossos comentários, muitas e novas emoções estão ainda para
vir!
Beijinhos a todas,
Joana :)
Adorei quero o proximo.bjs
ResponderEliminarOpa... nem sei o que te dizer mais... já sabes bem o que fazia ao Ruben se me deixasses ahahah
ResponderEliminarQuanto ao capítulo gostei... principalmente de saber que a Joana está a tentar dar a volta por cima se bem que... (tu sabes :P o que os "..." querem dizer ahahah)
Quanto às emoções FORTES ques estão para chegar... bem quanto a essas só tenho a dizer que o FORTES é um adjetivo pequenino para descrever os momentos que estás a preparar para nós leitoras... por isso só te peço encarecidamente que escrevas MAIS E MAIS!!!
Beijocas :)
Ah e estou á espera de um determinado mail ahahah
Definitivamente sou fã desta Joana, a vida continua e há que virar a página, ela nisso tem toda a razão. Mais uma vez um capitulo maravilhoso, adorei, e a Joana tem razão quando compara o Amor a uma doença, porque ás vezes é isso mesmo uma doença, que magoa e dói, e ela vive isso na pele.
ResponderEliminarO amor que ela tem pelo Ruben não passa de um dia para o outro, mas ela tem fé que vai passar, eu já tenho as minhas dúvidas, mas vou esperar para ver o que está reservado para estes dois.
O Pedro como amigo que é acha que ela fez mal em aceitar ser madrinha de casamento, mas eu concordo com a Joana, não é a fugir que ela resolve as coisas, é assim mesmo, tem que enfrentar o problema de frente. Adorei, só que agora quero muito ler o próximo, continua
Beijocas
Fernanda
gosto :) adoro :D
ResponderEliminarmas quero mais e quero muito essas emoçoes que estao para vir!
também quero saber o que vai na cabeça do Ruben... mas n deve mesmo é ir nada, deve estar oca como nao sei o que, pois se tivesse alguma coisa de jeito nao fazia tanta asneira junta :/
beijinhos*
bem, adoro como sempre :)
ResponderEliminarNão compreendo o que se passa com o Ruben... Enquanto considero que a Joana está a ser uma grande mulher! Está a ultrapassar está fase de cabeça erguida, aceitou ser madrinha de casamento do Ruben e isso não é para qualquer uma!
Sem duvida que agora ainda estou mais curiosa para saber o que ai bem, afinal a vida pode dar tantas voltas :b
Quero o próximo rapidamente por favooooooooor *o*
besos, Débora *
Continua, adoro :)
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