quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Capítulo 22 - Corações em fuga (Parte I) – Preview















Olá, queridas leitoras!

Depois destas "férias" bastante prolongadas, – que infelizmente me vi obrigada a tirar deste cantinho –, venho finalmente deixar um cheirinho da continuação desta história. Sei que não é muito, apenas uns parágrafos que seleccionei de algumas partes do próximo capítulo, mas também sei que não seria justo para vocês continuarem à espera. 
Assim sendo, aqui fica uma preview. Espero que gostem.  




*****




- Quando segurei o Gabriel nos meus braços… Acho que pela primeira vez a minha vida fez sentido.

Os olhos de Ruben já haviam sido cobertos pelas lágrimas prontas a correrem o seu rosto a qualquer momento.
Perguntava-se se poderia viver tudo aquilo com Joana, partilhar todos aqueles momentos com ela, porque não havia outra coisa neste mundo que ele quisesse mais do que ser um pai para o seu bebé, ser o homem de família que ele sempre sonhou construir… ao lado de Joana.
Foi inevitável invejar a sorte do irmão e a facilidade da vida dele em comparação ao descalabro que era a sua.

- Mas porque é que queres saber, afinal?

- Por nada, curiosidade só… - ele mentiu, ainda não se sentindo totalmente capaz de partilhar a verdade, mas Mauro ficou intrigado e não se contentou com aquela resposta

- Não me digas que… - começou, batendo ritmadamente o indicador no queixo enquanto procurava pela questão certa – A Inês está grávida? – sugeriu então, logo que a mais viável ideia lhe veio à cabeça

Extenuado, Ruben suspirou. Reflectiu por alguns segundos a melhor abordagem para dar a notícia ao seu irmão e esperar ansiosamente para não ser julgado.
Endireitou o corpo no sofá, puxando-o ligeiramente à frente de modo a encontrar uma postura mais confortável e finalmente, num sopro alentado, falou.  

- Não, mano… - ele negou ao ter reunido toda a coragem que precisava para se confessar, no entanto deixando o olhar permanecer amarrado às suas mãos entrelaçadas que tinha reunidas no colo – Não é a Inês…

O corpo de Mauro enrijeceu e depois disparou para fora da poltrona onde permanecia sentado. Literalmente disparou. Não foi preciso fazer um grande esforço para que todas as peças do puzzle se fossem deslocando por vontade própria e formassem o quadro completo daquela história.
O estado choque abalou-o nos primeiros instantes em que deliberadamente raciocinara a insinuação de Ruben, e perante a problemática de toda a situação, os seus sentimentos surgiram compreensivelmente confusos e baralhados.

- O bebé da Joana…

- É meu. – Ruben completou calmamente ao fim de alguns segundos, não deixando espaço para que se criassem mais dúvidas



     *** 



"- O Ruben não deve caber em si de tanta alegria! Viste o jeito louco como ele corria pelo campo? Estou tão feliz por ele. – conversou Anabela animadamente, aquando caminhava pelo corredor de braço dado com Joana, que concordou com o seu comentário com um sorriso leve, partilhando do mesmo orgulho e felicidade

Surpreendentemente a espera não foi longa, e mal as famílias e amigos deram por isso, já uma enchente de gargalhadas, gritos eufóricos e sotaques mistos inundavam a sala com uma nova energia, logo da chegada em grupo dos jogadores.
No instante preciso em que rompeu pela porta, os olhos de Ruben recaíram amorosamente sob os de Joana, que já ansiava encontrar desde que a partida havia terminado. Ele preparou-se para se lançar na sua direcção, mas recuando ligeiramente, Joana relembrou-o com um simples aceno de olhar, que deveria ir abraçar a família em primeiro lugar e depois então poderia ir ao pé de si.
Ruben compreendeu a posição dela, e reprimindo a enorme vontade que tinha em levá-la nos seus braços, foi então abraçar a sua mãe e Mauro, que o bajularam cheios de orgulho pelo mais recente campeão da família.
Quando finalmente o libertaram, ele não perdeu mais tempo e correu até Joana que se encontrava ligeiramente afastada dos restantes, e levou-a nos seus braços, fazendo rodopiar no ar.

- Assim vais sufocar-me, Ru… - ela disse entre gargalhadas estranguladas, apanhada no meio da força inconsciente de braços do seu namorado

- Desculpa, amor, desculpa. – Ruben mostrou-lhe um pequeno sorriso travesso muito típico dele, enquanto aliviava a pressão que fazia em volta dela e a colocava de volta ao chão

- Aqui não. – ela desviou ligeiramente o rosto quando se apercebeu que ele se preparava para beijá-la nos lábios, e Ruben viu-se obrigado a advertir o beijo para o centro da bochecha

- Anda, vamos sair daqui. – aproveitando que a sala tinha dado lugar ao caos pela quantidade de pessoas que a encheu, ele pegou-lhe na mão para arrastá-la consigo e levá-la para um lugar onde pudessem ficar sozinhos

- Ruben, o que estás a fazer? Eu não posso estar aqui! – de sorriso embelecido nos lábios, procurou dar seguimento às normas restritivas, assim que se percebeu que tinha sido levada para o balneário encarnado

- Claro que podes! Este é o meu balneário, tu és a minha namorada, logo tu podes estar aqui se eu quiser que estejas. E eu quero.

Ela já estava pronta para barafustar quando o viu trancar a porta, mas Ruben não lhe deu essa oportunidade, e antes de lhe dar mais tempo para dizer o quer que fosse, segurou-lhe o rosto entre as mãos e beijo-a da mesma maneira e com a mesma vontade que tinha assim que a viu pela primeira vez na sala de jogadores.

- Estava com saudades tuas. – ele gracejou depois do beijo, desviando-lhe algumas mechas de cabelo para trás do ombro para que tivesse mais acesso ao pescoço, e começasse um novo ataque lá

Joana voltou a erguer rosto, e por meio de uma pequena chamada de atenção, ele fê-lo também. Embora não quisesse deixar-se levar pelo sentimento que os unia, foi-lhe impossível recusar a troca de mimos na periferia de uma cumplicidade que eles já dominavam melhor que ninguém, e então beijou-lhe os lábios primeiro uma, depois outra e mais outra vez.
Ruben retirou-lhe a mala do ombro e sem desviar o olhar do dela, levou-a a sentar-se no seu colo no banco corrido do balneário.

- Viste o golo que marquei? Foi para ti… Esta noite foi tudo para ti… Queria que ficasses orgulhosa de mim.

- E eu estou, amor… Estou muito orgulhosa de ti. Muito! És o meu campeão.

Com um sorriso babado e completamente apaixonado, Ruben arrepanhou-lhe um punhal de cabelos e puxou-a para mais uma maratona de beijos intensos que depressa começaram a fugir do controlo."



   ***
           


Apesar de Sofia não ter mais sono para voltar a dormir, nenhuma mostrou intenção em querer sair da cama. Deixaram-se permanecer abraçadas ali, aproveitando o tempo a sós que tinham, para disfrutaram da presença uma da outra.

- Mami? – a sua vozinha frágil e inocente voltou a surgir num murmúrio, alguns pares de minutos após

Os dedos de Joana continuaram a acariciá-la, desta vez enrolando-se entre os cachos rebeldes do cabelo, incentivando-a silenciosamente a falar.

- Posso voltar a ver a tua barriguinha? – um sorriso tímido surgiu-lhe nos lábios, que Joana não resistiu em beijar num pequeno selinho, depois de soltar uma pequena gargalhada

- Claro que podes, princesa, não precisas de pedir.

As mãozinhas curiosas de Sofia agarraram-se rapidamente, porém com todo o cuidado do mundo, à bainha da camisola de lã da sua madrinha, distendendo-a para cima até ao nível do busto. Os seus olhos depressa se iluminaram ao ver a forma perfeita e arredondada da barriguinha de quase 14 semanas de gestação.

- Se quiseres também podes tocar. – Joana permitiu suavemente, quase como conseguindo ler os pensamentos da pequena

- Não quero magoar o bebé.

A inocência e ingenuidade da criança soaram tão fortes e verdadeiras que Joana sentiu o seu coração derreter de ternura.

- Não magoas, amor. – ela pegou a pequenina mão e com a sua guiou-a até ao topo da barriga, começando a acariciá-la tenuemente e então Sofia olhou-a nos olhos completamente encantada com a sensação

- O bebé ainda está pequenino?

- Está, Sofiazinha, ainda está pequenino.

- Quão pequenino?

- Do tamanho de um pequeno pêssego. – Joana viu Sofia semicerrar os olhos e portar um ar pensativo, tentando trazer à memória a imagem de um pêssego e medi-lo mentalmente

- Será que ele vai ficar tão grande como eu?

- Vai pois, se Deus quiser. Ao início ele vai ser muito pequeno pequenino, tal como tu quando nasceste e como o Gabriel, mas depois vai crescer e ficar tão grande e forte como tu.

Sofia pareceu satisfeita com a resposta de Joana e voltou a aconchegar-se a ela novamente. Com a delicadeza e cuidado que já lhe eram conhecidos, pousou a cabeça no topo arredondado da barriga encostado lá o ouvido na esperança de ficar mais próxima ao bebé, e então, baixinho, começou a cantarolar uma canção de ninar ao mesmo tempo que a polpa dos seus dedos continuava a afagar-lhe a pele.
Aos poucos, e apesar de lutar para se manter acordada, a voz doce de Sofia começou a embalar Joana, obrigando-a a começar a fechar os olhos e entregar-se ao cansaço ao qual a gravidez a acometia, porém, e antes de se deixar ir completamente, uma outra voz, grave e profunda que contrastava em pleno com a da menina, puxou-a de volta para a vida no quarto.

- Há espaço para mais um? – perguntou Ruben, que entrara de mansinho para não as sobressaltar e se deixara ficar junto da porta

- Pad’inhoooo! – mal ouviu a sua voz, Sofia saltou disparada da cama e correu ao encontro de uma do seu pequeno grupo de pessoas preferidas, atirando-se nos braços dele – Vem… Vem tocalhe na barriguinha da mami e sentir o bebé. – logo quando voltou ao chão depois de ter sido pegada ao colo, ela pegou-lhe na mão e começou a puxá-lo na direcção onde Joana permanecia deitada  

Pela primeira vez desde que entrara naquele quarto, Joana parara para pensar e apercebeu-se do enorme erro que era em estar ali. Entre aquelas paredes. Deitada naquela cama. A respirar aquele perfume. Assim que viu Ruben ser arrastado por Sofia e ir ao seu encontro, ela fez força com as mãos e puxou o corpo para cima e para trás, encontrando rapidamente uma posição confortável para ficar sentada à cabeceira da cama.

- Eu não me vim intrometer, só vim cá a cima buscar o meu telemóvel que dever estar por aqui algures. – Ruben falou enquanto varria com o olhar todas as superfícies do quarto onde pudesse estar o seu aparelho

- Depois procuras o telemóvel, papi, agolha vens comigo sentir o bebé, para ele te conhecer. – o maneirismo quase autoritário de Sofia assentava-lhe de um jeito adorável, e daquela forma era impossível negar-lhe o que quer que fosse

- E tu sabes se a madrinha me deixa sentir o bebé? – ele vincou a sobrancelha à afilhada num jeito e tom brincalhão, e ambos sentaram-se no beiral da cama junto a Joana, com a pequenita entre os dois

- Claro que deixa. – Sofia respondeu celeremente, mas acabou por olhar nos olhos de Joana para confirmar a sua palavra – Num deixas mad’inha? 





*****




Não é muito, mas é tudo o que vos posso dar por agora e sem revelar muito do que espera ao nosso casalinho assim como ao resto do enredo! :)


P.s.: Como já vos tinha dito, não desisti da história nem de vocês, e agradeço, do fundo do coração, a quem continua a apoiar-me e incentivar-me entre e-mails e comentários, acreditem que significa muito para mim e que me enche de alegria saber que continuam a apostar neste meu gosto que é a escrita.
Quanto ao próximo capítulo, em princípio chegará já no próximo fim-de-semana e será postado todo ele na sua integra. 
Espero que continuem desse lado, eu continuarei aqui.

Um beijinho grande,
Joana ♥

10 comentários:

  1. OMGGGG, QUE COISA MARAVILHOSA ABRIR UMA NOTIFICAÇÃO DO FACEBOOK E VER QUE É SUA ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
    Estou surtando, sim. Sorry!
    E estou me segurando para não ler essa preview, pois quero guardar toda a emoção pro capítulo completo (mas nem sei se vou me segurar também!!!!).
    VEM CAPÍTULO 22, VEM!!! ♥♥

    Gabi.

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  2. Olá Joana,
    Quando é que publicas o tão esperado capítulo?

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  3. Tou super curiosa para ver o capítulo...

    Continua, Pk me parece k vai haver mts surpresas...

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  4. Olá Joana, o tão esperado vem ainda essa semaninha? *-*

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  5. Por favor não nos deixes nesta ansiedade ...
    Levantaste a pontinha do véu, agora uma pessoa fica aqui morta de curiosidade :o
    Junta os papás logo logo, por favor :)

    Beijinho

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  6. Olá, meninas!
    O capítulo vai ser postado dentro de umas horinhas.

    Beijinhos

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    1. Olá
      Consegues dizer +/- a que horas?
      Obrigada

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    2. Estou a fazer uma leitura de revisão, logo logo que terminar, publico.

      Beijinho :)

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    3. Obrigada pela resposta, assim sendo vou aguardar mais um pouco, talvez ainda consiga ler hoje :)

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  7. Olá!

    À tanto tempo, já tinha saudades, fiquei embevecida com este capitulo. Adorei, vou já ler o próximo, ainda bem que não desististe da história.
    Continua.
    Beijocas.

    Fernanda

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